Psiu…você que é pai, você que é mãe, já se deu conta de que por mais que tenha dito que nunca faria a mesma coisa que seus pais, se pega fazendo igualzinho?
E tenha certeza, seus filhos também irão repetir seus comportamentos com seus netos, essa herança, poderemos denominar de educação por “modelo”.
Entendendo essa “lógica”, poderemos então compreender porque nós pais estamos tão confusos na hora de educar.
O que devo fazer? Como devo fazer? Tem momentos em que me desespero, tenho vontade de sumir…. E por aí a fora.
Concluímos então que, nosso comportamento está relacionado com nossas experiências e com os modelos que recebemos.
Entretanto, é importante deixar claro que podemos manter o que entendemos ser positivo e podemos mudá-los e aperfeiçoá-los os demais comportamentos que entendemos precisar melhorar.
Vamos entender o seguinte, a maioria dos pais de hoje, que possuem filho menor de idade, nasceu entre as décadas de 1970 a 1990, com algumas exceções.
Imaginem como os pais educavam, na década de 70? Imperava o autoritarismo, na política, no trabalho e em casa, não é mesmo?
Temos uma herança muito forte do autoritarismo que podemos interpretar como uma forma de “defesa”, quando nos sentimos acuados, temos que nos defender. Então, a forma encontrada é manter dentro de casa as regras que dirijo, nada pode ser diferente, nada pode sair do “meu” controle.
Nesta época eram comuns punições físicas, verbais e castigos “agressivos”. As crianças por outro lado, não tinham o direito de escolhas para escolher presentes, refeições etc…
Claro que estou descrevendo um cenário bem radical, para que fique claro onde quero chegar. Aliás poderemos encontrar famílias nos dias de hoje que ainda mantém este modelo.
Com o passar dos anos, a forma de se educar, como o meio político e social, começou a ser questionado, começo-use a discutir os impactos que uma educação autoritária gerava e etc.
Na década de 80, observa-se uma nova forma de se olhar as crianças, quando ela passou a ser mais respeitada, aumentando o diálogo, quando ela passou a ser mais ouvida e participativa nas escolhas da família. Entretanto, começou-se a crítica e a dúvida quanto ao como se educar.
O que acontece quando estamos propensos e dispostos a mudar de comportamento, assumimos um papel e comportamento totalmente oposto ao que conhecemos. Nesta época, que encontram-se muitos pais que participaram do movimento Hippies na década de 70, adotaram a liberdade “total” para as crianças, claro com preocupação apenas aos riscos de vida.
Nesta fase, passou-se de uma educação autoritária para a liberal, ou seja, saimos do 8 e fomos para o 80.
Claro que temos adultos, estudiosos e pais que tem as preferencias para o autoritarismo e outros para o liberal. O importante é compreendermos que nos dois exemplos, há modelos positivos e negativos, e que devemos nos preocupar com os impactos negativos de cada um destes modelos.
Os pais que nasceram na década de 90 receberam uma educação ora autoritária, ora liberal, causando muito confusão sobre o que é certo e o que é errado.
Prefiro no caso, não escolher o termo certo ou errado, pois tudo é muito relativo. Na verdade não temos uma receita ou fórmula mágica. Temos casos de sucesso e insucesso nos dois modelos.
Vale ressaltar que o importante é buscarmos um equilíbrio entre o autoritarismo e o liberal, o ponto central na minha opinião é desenvolvermos nossa autoridade enquanto pais.
E neste caso, o que irá definir o sucesso, será o seu controle emocional, em tratar das questões de forma sensata, firme e controlada. Quando se consegue pensar e raciocinar sobre a melhor forma de se educar, com certeza teremos sucesso, seja no modelo autoritário, seja no modelo liberal.
A partir do momento em que compreendo os meus sentimentos e como devo administrá-los, vou conseguir compreender os sentimentos do meu filho(a) e ajudá-lo a administrar frente às situações difíceis.
Afinal de contas é isso que todos os pais desejam, que seus filhos saibam como administrar seus problemas de forma adequada e saudável, pois esta é a base do sucesso para a felicidade.
Agradeço pela confiança em me acompanhar neste tema polêmico e espero ter podido influenciá-los para encontrar um caminho que se sintam mais a vontade para trabalhar com seus filhos.
Caso tenha dúvidas, não se acanhe mande sua mensagem abaixo.
Um abraço com carinho,
Márcia Lopes