Nas últimas semanas, tenho observado em meus atendimentos o tema “expectativa“, o qual pretendo explanar a respeito hoje, mas primeiramente, vamos entender do que se trata.
Expectativa é o estado ou qualidade de esperar algo ou alguma coisa que seja viável ou provável que aconteça; um grande desejo ou ânsia por receber uma notícia ou presenciar um acontecimento que seja benéfico ou próspero (dicio.com.br).
Observando a definição, me chama atenção esta parte, “…que seja viável ou provável que aconteça”, isso significa a importância de se analisar racionalmente o contexto para compreender e garantir a alta probabilidade de se obter o que deseja.
Entretanto, existe um filtro para se determinar se realmente o que enxergamos ou acreditamos está dentro das possibilidades reais, são nossas interpretações.
A nossa interpretação, ou seja, como percebemos ou compreendemos as situações, está intimamente ligada as nossas crenças, que são geradas através de nossas vivências, cultura, modelos, enfim experiências adquiridas desde nossa infância.
Diante do mesmo evento, pode-se analisar a situação por diversos ângulos e chegar a diferentes conclusões, por isso, há a diversidade de opiniões frente aos assuntos simples e polêmicos.
É importante compreender que não há uma resposta absoluta para as questões, mas uma diversidade de interpretações, as quais poderão gerar um impasse entre o ideal e o real.
Esse filtro poderá estimular uma elevada expectativa frente ao cenário, a qual poderá ou não estar dentro da realidade. Quando se atinge a expectativa elevada, podemos dizer que a situação superou as expectativas.
Nos casos em que a expectativa está carregada de valores e emoções, com alta expectativa de se concretizar e não se obtém o resultado esperado, gera-se grande possibilidade de se frustrar, gerando sentimentos como raiva e tristeza.
Muitas pessoas apresentam dificuldade em promover a análise racional diante do ideal e da realidade, por ter crenças limitantes, promovendo uma visão míope e distorcida da realidade.
Neste caso é recomendável desconstruir as crenças que impedem de se identificar a distância entre a realidade e o ideal, visando conviver com as questões da vida com maior leveza e equilíbrio emocional.
Caso você perceba muito sofrimento em compreender e aceitar as suas desilusões, está na hora de buscar ajuda com um profissional. Faça terapia com um psicólogo.
Com carinho,
Márcia Lopes, Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental
E-mail: contato@marcialopes.psc.br
Que reflexão excelente,Márcia! Incrível pensar sobre o quanto nossas crenças influenciam as escolhas e decisões que tomamos e consequentemente,determinam o rumo de nossas vidas.
Grata por suas palavras.