Uma questão de escolha…

Segundo o Dicionário, “escolha” é o ato ou efeito de escolher; Triagem; Preferência que se dá entre coisas, situações, pessoas entre outras; Predileção; Preferência; Capacidade de escolher com critério, com discernimento; entre outras definições.

Certa vez ouvi o ditado popular “a vida ou a bolsa?”, me fez refletir que as escolhas estão carregadas de valores e princípios, os quais nos são passados por nossos familiares, cultura, características pessoais, experiências vividas …  que muitas vezes são vistas como extremistas.

A todo momento temos que escolher, muitas de nossas escolhas ao passar do tempo, acabam sendo automáticas e muitas vezes nem pensamos muito sobre elas, embora sejam carregadas de crenças e valores. Na minha opinião, este é um dos maiores riscos.

O fato importante é que as escolhas definem nosso destino, se estas não forem pensadas ou refletidas sobre as consequências, não compreenderemos as razões de nosso sucesso ou fracasso.

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Muitas vezes nossas escolhas estão baseadas no prazer do aqui e agora, impedindo-nos de pensar nas consequências de cada ação, atitude e postura sobre a vida, pois naquele momento o prazer “grita mais alto”.

Vamos refletir sobre nossas opções do dia-a-dia, para simplificar nossa análise. Ao acordamos, por exemplo, imagine que por alguma razão acordou 1 hora antes do horário previsto, terá  a opção de voltar a dormir, ou aproveitar o tempo para ler um capítulo daquele livre empuerado no criado-mudo, que há dias não consegue retomar; Outra possibilidade é com relação ao café da manhã, posso escolher uma alimentação saudável, não me alimentar, ou tomar um simples cafezinho.

Compreender que os impactos de nossas atitudes, nem sempre ocorrem no dia seguinte, mas poderão ser favoráveis ou inconvenientes após longos anos como consequência da rotina, e hábitos adotados, será imprescindível.

As escolhas fazem parte de todos os minutos de nossas vidas, as quais irão refletir em nossa saúde física, mental e emocional.

Nossos relacionamentos estão calcados em nossas escolhas, princípios e valores de como considerar o outro, por exemplo,  a forma como nos comunicamos, se falamos num tom alto ou baixo, se há demonstração de afeto e carinho, ou mesmo se não expressamos nada, já é uma escolha e se tem um resultado.

Com relação as escolhas profissionais, tenho observado o quanto não se estuda, pesquisa ou se reflete este tema. Os adolescentes acabam escolhendo profissões por moda, para dar continuidade aos negócios da família, ou simplesmente não escolhem e seguem o que a “massa” acha legal ou por ter um rendimento financeiro vantajoso, em muitos casos as consequências são desastrosas.

Tenho recebido diversos profissionais com carreiras já maduras, contudo infelizes com os resultados do que investiu ao longo de suas vidas.

A mesma insatisfação ocorre com os relacionamentos, quando se escolhe por ter um. Hoje as escolhas estão mais baseadas em assumir ou não compromissos, neste caso existe sim uma análise das possíveis consequências, com foco no negativo, contudo, a não escolha de se assumir um relacionamento, ter ou não  filhos, também irá resultar em consequências.

Nota-se preferências por escolhas que ilusoriamente não trará trabalho ou problemas, escolhendo aquelas que acredita irão lhe beneficiar de alguma forma, contudo, não temos ainda, uma fórmula para descobrir o que irá ocorrer no futuro, o que podemos fazer é pensar no assunto e escolher pessoas  com as quais iremos nos relacionar como objetivos e interesses similares.

Hoje em dia, observo que temos muito mais alternativas e recursos para fazer escolhas independentemente do tema. Talvez este excesso de opções acabe por confundir, criando ansiedade para se fazer a escolha “correta”.

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Podemos discutir com colegas e amigos, fazer pesquisas sobre o tema e muitas vezes fazer uma reflexão profunda compreendendo as consequências e impactos da decisão. Entretanto, quando temos este tipo de opção, nem sempre estamos preparados emocionalmente, preferindo em alguns casos, sabotar nossas preferências, adotando atitudes negativas, impulsivas e emocionais.

Na maioria dos casos, fazemos opções e temos atitudes, que poderão magoar aqueles que amamos e em muitos casos, cria-se situações que poderá não ter volta.

Em outros casos, já se passaram tantos anos, que é difícil resgatar o tempo que passou. A situação se complica quando temos a questão saúde ou falta de para tentar retomar.

Podemos concluir que temos liberdade do poder da escolha, e cabe a nós não nos aprisionarmos com escolhas impulsivas e desajustadas.  Quanto mais nos conhecemos e sabemos o que queremos, mais faremos escolhas com maturidade e consciência de seus riscos e acertos.

Cabe a nós assumirmos o controle de nossas vidas, adotando postura positiva, saudável, proativa e reflexiva sobre onde, como e com quem queremos estar no futuro.

 

by Márcia Lopes

Psicoterapeuta, Coach, Cosnteladora, Consultora em RH