Por que brigamos tanto?

As discussões quando não se chega a um consenso, geram brigas e nos casos mais radicais finalizam relacionamentos amorosos, profissionais e até familiares,

O que atrai as pessoas é ver no outro o que admira em si, as pessoas se identificam pelas escolhas em comum, gostos, preferências e até forma de se comportar.

Preferimos nos relacionar com aqueles que pensam como nós e ambos admiram as suas forças e compreendem as fraquezas.

O que impede as pessoas de conviverem em paz continuamente é a forma de enxergar e interpretar o mundo. Existem muitas influências que impactam na interpretação das situações.

  • Experiências vividas
  • Aspectos culturais
  • Questões ambientais
  • Características físicas e de personalidade
  • Outros …

 

A forma como percebemos o mundo irá impactar diretamente na interpretação, julgamento e tomada de decisões.

Se você colocar o número 6 e disser a pessoa que esta a sua frente e disser que este número é 6, ele poderá dizer que o número é 9.

Quem está certo? Quem vê o número 6 ou o número 9? Os dois estão certos.

Com isso, podemos dizer que não há uma verdade absoluta, mas uma forma diferente de se perceber, ver e interpretar as coisas e situações.

O que acontece nos relacionamentos, não se sabe muito bem o porque, é que somos estimulados a “ter” que ter razão, como se alguém tivesse que ganhar a discussão e o outro perder.

Como ninguém quer perder a razão, as discussões são infinitas.

Muitas vezes tomamos decisões sem interpretar, analisar e compreender o todo de uma situação. Isso significa que precisamos entender o outro lado da história. Checar o que realmente aconteceu, conhecer o fato real.

É importante compreender o que houve antes de realizar interpretações de forma impulsiva, a qual poderá ser desastroso e gerar impactos não muito satisfatórios, assim como, inimizades, mágoas e discussões.

Para termos atitudes mais adequadas e menos embaraçosas nos relacionamentos, sejam eles amorosos, familiares ou profissionais, gostaria de recomendar uma ferramenta chamada “Escada de Inferência” ou “Escada de Julgamento”, desenhada por Chris Argyris , um líder em aprendizagem organizacional, onde explico com maior profundidade no Workshop – Impactos da Inteligência Emocional nos Relacionamentos.

O julgamento ou inferência poderá nos induzir para conclusões de uma situação não muito real ou justa, normalmente nestes casos, as decisões são baseadas em premissas.

Veja como isso acontece:

Imagine que você chegou no seu escritório pela manhã e se deparou com seu colaborador nesta cena:

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1º. Degrau – Dados da Realidade:

Roberto esta com vários papéis espalhados na mesa, com a cabeça baixa e mãos sobre a cabeça.

2º. Degrau – Interpretação

“Roberto está com um problema no serviço e não sabe como resolver e nem deve ter dormido direito.”

3º. Degrau – Julgamentos e Opiniões

(Surge com interpretações + “valores”+ modelos mentais. Ameaça ou Oportunidade?)

“Roberto não tem formação e experiência adequadas para o cargo de Gerente, ele é um incompetente!”

4º. Degrau – Ações baseadas nas conclusões

“Será melhor afastar Roberto deste projeto, ele não está preparado.”

Contudo, poderei administrar a situação de outra forma, simplesmente entendendo o que realmente está acontecendo.

Ao conversar com meu colaborador, ele comenta que está passando por um problema sério de família, certamente depois da explicação, a decisão será outra.

O fato é que todos nós temos padrões mentais, os quais nos impulsionam a tomar decisões sem pensar, o que geralmente causa stress, conflitos e desgaste nos relacionamentos e em muitas situações poderá causar rompimentos, em relações profissionais, afetivas e outras.

Todos nós julgamos, isso é inerente ao ser humano, entretanto, cabe a nós temos ciência de que não podemos tomar decisões baseado em premissas e inferências, temos que nos certificar do que está ocorrendo primeiramente. As decisões sem uma análise justa serão irracionais.

Esta atitude poderá salvar, seu emprego, seu casamento, sua vida.

Administrar suas emoções, controlar sua ansiedade, pensar antes de agir, é o caminho mais saudável para levar uma vida mais saudável e agradável.

Caso seja muito difícil e tenha dificuldades, procure ajuda de um profissional, assim como, Psicólogo, Psicanalista, Coach ou Terapeuta.

A abordagem cognitiva-comportamental irá ajudá-lo a aprender fazer reflexões mais adequadas e racionais. Procure um psicólogo cognitivo comportamental.

 

By Márcia Lopes

(Psicóloga, Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental, Coach, Consultora em Recursos Humanos e Consteladora Sistêmica)

E-mail: contato@marcialopes.psc.br

 Site: marcialopes.psc.br

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